Marcha reúne dois milhões pela derrubada do ditador egípcio

Uma “maré” humana ocupa o local perto da ponte sobre o rio Nilo desde as primeiras horas do dia de hoje no Cairo, capital do Egito. A marcha pela derrubada do ditador do Egito, Hosni Mubarak reuniu mais de dois milhões de pessoas na Praça Tahrir e em seus arredores, no centro do Cairo, já pode ter alcançado 2 milhões de pessoas. Para ampliar a participação dos trabalhadores, os sindicatos convocaram uma greve geral.

Há duas semanas que a juventude, trabalhadores estão nas ruas exigindo o fim do regime pró-EUA no país.

Cercado pela multidão o Exército disse que não iria abrir fogo contra os manifestantes, mas, ater agora, a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, que o número de mortos nos protestos no Egito pode ter chegado a 300.

A promessa de reformas feita na véspera pelo novo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, e o início das negociações com a oposição não conseguiu enganar o povo que exige a saída imediata de Mubarak e reformas econômicas. Hoje, 40% da população vivem com menos de US$ 2 (R$ 3,30) por dia e dos 80 milhões de habitantes, dois terços são jovens abaixo de 30 anos, dos quais 90% estão desempregados. – A única coisa que aceitaremos dele (Mubarak) é que pegue um avião e se vá – disse o advogado Ahmed Helmi, de 45 anos, um dos milhares de egípcios que estavam na Praça Tahrir nesta manhã.

Entre as palavras de ordem mais pronunciadas durante as manifestações estavam “Fora Hosni Mubarak”, “O povo quer mudança e liberdade”, “Mubarak, você tem um avião esperando”, alusão ao meio de transporte usado pelo presidente tunisiano para fugir de seu país rumo à Arábia Saudita, e Hosni Mubarak, Omar Suleiman, vocês dois são agentes dos americanos”, milhares de jovens seguem protestando.

Como não podia ser diferente, a juventude ocupa um lugar especial nos protestos. “Esta é a primeira vez que estou protestando. Temos sido uma nação covarde. Finalmente, precisamos dizer não”, disse Ismail Syed, de 24 anos. “As coisas vão de mal em pior. Estamos cansados. Alguém tem de fazer algo”, completou a estudante Gehad Samy. “Mudança precisa acontecer.

Retirado de A Verdade.

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