A brutal agressão levada a cabo pelo exército nazisionista israelense contra a chamada “Frota da Liberdade” merece ser condena e rechaçada sem paliativos, com uma ampla denúncia e um rechaço geral. O Estado de Israel, que executa um genocídio sistemático da população palestina ante o silêncio cúmplice das mal denominadas democracias, submete à fome a população de Gaza e evita que chegue a essa sofrida região, com mais de um milhão e meio de habitantes numa faixa de 40 quilômetros de cumprimento por seis de largura, qualquer tipo de ajuda humanitária, alimentos, medicamentos, material escolar e material para reconstruir as casas destruídas pelos bombardeios israelenses, etc.
A “Frota da Liberdade” transportava toneladas de ajuda, mas o Estado de Israel o impediu de prosseguir utilizando da bestial força de suas tropas. Esse Estado, que não respeita nenhuma das resoluções da ONU, nenhuma convenção internacional, não tem mais razão de ser senão que pela força bruta e pelo apoio incondicional do imperialismo norte-americano e seus aliados.
O cargueiro Mavi Marmara, de nacionalidade e bandeira turca foi atacado por lanchas militares e por comandos especiais transportados em helicópteros, que dispararam contra as pessoas de diferentes nacionalidades que levavam ajuda ao povo palestino. Uma operação militar contra civis desarmados, operada por soldados treinados para matar gente que luta com a palavra e a solidariedade, pela paz e a justiça.
O Governo de Tel Aviv, sem nenhum pudor, declara que seus soldados “atuaram em legítima defesa” contra as armas dos ativistas civis. As armas confiscadas: chaves de fenda, navalhas multiuso, ferramentas próprias de um barco, martelos, um par de rádios.
A ação foi levada a cabo em águas internacionais, quer dizer, foi um ato de pirataria puro e simples, com total desprezo pelas leis internacionais. A Otan, por sua vez, da qual a Turquia é membro, apenas pronunciou algumas palavras: “lamentamos o incidente”. Da mesma forma a ONU, onde os EUA vetaram uma condenação explícita do Conselho de Segurança contra Israel. Uma vez mais, o imperialismo norte-americano impede a condenação desse Estado fascista, o qual Washington é o principal mantenedor e protetor.
A indignação dos povos do mundo se espalha em múltiplas manifestações nas principais cidades, particularmente europeias, na França, Itália, Espanha, Alemanha, Bélgica, Portugal, e com especial combatividade na Turquia. Frente a essa indignação popular, a indiferença hipócrita dos governos, que “condenam e pedem explicações” sem mais nada dizer, quando, na verdade, o Estado sionista, por sua atividade criminal, deveria ser expulso dos organismos internacionais e ter cancelados os acordos preferenciais com a União Europeia.
Ainda hoje, não se sabe exatamente quantos mortos (assassinados) houve na operação, nem o número de feridos. Com o maior cinismo, o embaixador israelense na Espanha declarou, ante os meios públicos, além da cantilena sobre a legítima defesa, que só houve uma dezena de morto entre as mais de setecentas pessoas que estavam a bordo, o que “é uma proporção muito baixa”.
O presidente dos EUA, Barack Obama, esse “democrata” que fez soar tambores de guerra contra Irã e Coreia do Norte, que mantém o criminal embargo a Cuba, que continua com agressão contra Afeganistão e Iraque, limitou-se, sem mais, a lamentar o sucedido.
A passividade ante as contínuas agressões e crimes do Estado de Israel gozaram agora de total impunidade. É hora de acabar com essa situação. Esse Estado fascista, reacionário, racista, deve ser condenado e combatido. O povo palestino tem direito a construir seu próprio Estado, em fronteiras seguras, recuperar os territórios invadidos pelos sionistas e ser ressarcido pelas barbáries de todo tipo que vem sofrendo.
Há que se aprofundar a solidariedade com o povo palestino e, ao mesmo tempo, denunciar e combater o sionismo e todos os que o protegem. Israel conta com o quarto exército mais poderoso do mundo e possui um arsenal atômico e de armas de destruição em massa.
A Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas (CIPOML) manifesta sua total solidariedade com o povo palestino e sua justa luta, que deve se manifestar em ações concretas. Nossa solidariedade com as vítimas da pirataria israelense!
Viva a luta do povo palestino! Contra o imperialismo e a reação, uma luta sem quartel!
CIPOML, junho de 2010
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