Gustavo Alejandro Salgado Delgado, 32 anos de idade, dirigente da Frente Popular Revolucionária do México (FPR) foi brutalmente assassinado e também decapitado a cerca de dois dias, depois de ter sido declarado desaparecido por seus familiares.
Seu corpo foi encontrado por um grupo de trabalhadores rurais ontem no município de Ayala, estado de Morelos (centro do México). Esta é mais uma violência política que causa comoção popular no país.
Gustavo era uma dos militantes envolvidos na organização de marchas que pediam justiça pelo desaparecimentos dos 43 estudantes de Ayotzinapa, desde o dia 26 de setembro do ano passado no estado de Guerrero (sul do México). De larga trajetória militante, Gustavo também fez parte da União da Juventude Revolucionária do México (UJRM), sendo membro de seu Comitê Central.
Até agora, quatro suspeitos pelo sequestro e assassinato de Gustavo foram detidos.
Logo após o aparecimento do corpo, dirigente da FPR e de outras organizações que exigem o aparecimento com vida dos estudantes de Ayotzinapa responsabilizaram o governo federal pelo crime e denunciaram que essa é uma estratégia para desmobilizar as manifestações populares no país.
Membros da família dos estudantes de Ayotzinapa repudiaram o assassinato de Gustavo e qualificaram de hipócritas os pronunciamentos governamentais em torno da crescente violência que vive o país.
Várias manifestações foram convocadas pelos movimentos sociais para 6 de fevereiro, inclusive no Zócalo, principal praça da capital do país. Em nota oficial, a direção da FPR declarou:
“Nos despedimos do camarada Gustavo Salgado com as bandeiras vermelhas da Frente Popular Revolucionária, da qual ele foi construtor incansável. Perdemos uma parte de nossa existência com a partida do camarada. Este maldito regime necessariamente vai cair junto com seus burgueses, caciques e testas-de-ferro que assassinaram nosso camarada. Só assim poderemos fazer com que descanse em paz. O sangue vermelho semeia o futuro e constrói a revolução proletária”.
Da Redação, com informações de Telesur e do sítio da FPR
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