Os 431 bombeiros que foram presos por ordem do governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral após ocuparem o Quartel Geral da Polícia Militar do Estado do Rio, conquistaram no dia 11 de junho, sábado, a liberdade. Os bombeiros, que estavam presos no quartel, foram soltos após habeas corpus concedido pelo desembargador Cláudio Brandão de Oliveira.
Logo após sair do Quartel do Corpo de Bombeiros de Niteroi, em Charitas, onde estava preso, o cabo Beneveluto Daciolo, um dos líderes do movimento, afirmou que o principal objetivo do movimento neste momento é a anistia criminal e administrativa dos militares presos, a fim de evitar punições, e voltou a responder ao governador do Rio que chamou os militares de vândalos, dizendo que “ninguém é covarde e vândalo; somos pais de família”.
Daciolo agradeceu a solidariedade da população e disse que a luta continuaria pela anistia: “A verdade está sendo revelada. Os bombeiros nunca foram omissos à população. Agradecemos aos civis que nos apoiaram em nossa causa”, afirmou Daciolo, completando que “o que falta agora é a anistia criminal e administrativa de todos os presos”.
Daciolo contou ainda que as reivindicações do grupo ainda são as mesmas: gratificações, piso salarial de R$ 2 mil e vale-transporte. Sobre o novo comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel Sérgio Simões, Benevenuto ainda se abstém de avaliá-lo e voltou a defender a ocupação do quartel: “Simplesmente, nos aquartelamos para proteger nossos entes queridos. Entramos no nosso quartel, nossa casa, para nos proteger da informação de que o Bope reprimiria nossa passeata”.
Após a saída da prisão, os bombeiros realizaram uma grande passeata e se concentraram em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). No acampamento em frente à Alerj os bombeiros montaram uma cozinha coletiva que oferece refeições feitas a partir de doações. O “cardápio” vai de cachorro quente, frutas, sopas até carne moída com legumes.
No domingo, os bombeiros voltam às ruas para agradecer o apoio da população e passar um abaixo-assinado para pedir a anistia dos processos administrativos e criminais que os militares estão respondendo por conta da invasão ao quartel central da corporação.
Fonte: Jornal A Verdade
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