O Partido Comunista Revolucionário (PCR), junto ao proletariado revolucionário de todo o mundo, saúda hoje o heroísmo da classe operária francesa, que, no dia 18 de março de 1871, tomou de assalto o poder na capital Paris e instalou a primeira experiência de governo proletário da História.
Nas palavras de Lênin, a Comuna “era, essencialmente, um governo da classe operária, o resultado da luta da classe que produz contra a classe que se apropria; a forma política, finalmente descoberta, na qual se podia realizar a libertação econômica do trabalho”.
O primeiro decreto da Comuna dissolveu o exército regular, substituindo-o pelo povo em armas, a Guarda Nacional Democrática. Logo nos primeiros dias, ficou claro que a máquina administrativa sabotava as ações do Governo Revolucionário e que era preciso organizar um novo tipo de Estado que garantisse o poder popular.
A organização político-administrativa se baseou na democracia de massas, tendo como organismo de base a comuna local e, como instância maior, a Convenção Nacional. O Conselho da Comuna, eleito pelo voto direto, tinha função executiva e legislativa. Quanto ao Judiciário, o Conselho nomeava os juízes de paz e havia eleição direta para os tribunais.
A Comuna confiscou as propriedades dos burgueses que haviam abandonado Paris, entregando-as para os operários explorarem de forma coletiva e suas residências foram destinadas a famílias sem-casa, priorizando-se aquelas atingidas pelos bombardeios.
Esta grande experiência histórica foi depois sufocada num massacre sangrento organizado pela burguesia, mas seu legado é imortal e já atravessou um século e meio.
Como diz a letra do hino mundial dos trabalhadores, criado no fogo da luta da Comuna:
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres
(A Internacional)
Viva a Comuna!
Viva a classe operária mundial!
Pelo poder popular e pelo socialismo!
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