Trabalhadores nos EUA lutam contra cortes nos serviços públicos

Durante uma semana inteira, trabalhadores e estudantes do Estado de Wisconsin fizeram uma onda de protestos na Assembleia Legislativa, na Capital Madison. A revolta foi centralizada pela ocupação do prédio da Assembleia, com vários comícios e marchas.

Wiscosin se localiza na região centro-leste dos EUA e é o maior produtor de leite do país. Historicamente, destacou-se pelo progressivismo político, durante as décadas de 1890 e 1900. Foi pioneiro na adoção de direitos trabalhistas, reformas econômicas, sociais e educacionais, e o primeiro estado a abolir a pena de morte nos EUA.

A principal exigência do movimento é barrar os ataques do governo direitista de Scott Walkerao ao serviço público. Os cortes de verbas que pretende o governo atingem  professores, enfermeiros e empregados de outros setores públicos, privando-os de vários direitos e reduzindo drasticamente os salários e benefícios. Menos de um terço da população aprova as medidas do governo.

No dia 19 de fevereiro, mais de 100 mil pessoas saíram às ruas de Madison para o protesto. Estudantes fecharam quase todas as escolas da cidade, em solidariedade aos sindicatos, e milhares deles marcharam, por vários dias, de suas escolas até o prédio da Assembleia. Um estudante de 14 anos disse: “Nós saímos da escola para fazer a coisa certa – defender nossos professores dos ataques do governo”.

A ocupação da Assembleia de Wisconsin está sendo realizada por estudantes, que ficam cantando por horas, fazendo discursos e ajudando a liderar os protestos. Universitários de outras partes do estado têm utilizado as mídias sociais para espalhar a notícia.

Professores, enfermeiros e outros empregados públicos, representantes de todos os trabalhadores sindicalizados ou não, alguns deles autoconsiderados “classe média”, enfim, todos, estão entusiasticamente se juntando aos protestos nas ruas, ocupando os principais prédios do governo para derrotar este ataque sobre a classe trabalhadora.

Eles marcham por horas consecutivas, fazendo coro contra as medidas do governo e cantando juntos sobre direitos civis e canções trabalhistas. O alto nível de solidariedade dos protesto chama a atenção.

Todos os setores da classe trabalhadora estão presentes nas ações de rua em Madison, e a maioria da cidade está com os trabalhadores. Cartazes nas janelas em regiões comerciais apoiam os protestos. Uma parte significativa dos cartazes feitos à mão faz referência à rebelião egípcia.

A luta em curso nos EUA mostra que os trabalhadores e os estudantes têm o poder de se unir e lutar por mudanças reais em suas vidas.

Fonte: www.averdade.org.br

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