O governo fascista da burguesia russa despeja bombas e mísseis sobre diversas cidades ucranianas, destruindo residências e maternidades, causando a morte de centenas de civis. Repete-se na Ucrânia o que os EUA e a OTAN fizeram no Iraque e no Afeganistão.
Os que defendem essa injusta guerra dizem que se trata de uma ação defensiva da Rússia diante do avanço militar e da instalação de misseis da OTAN (organização militarista dos EUA, Alemanha, França, Reino Unido, entre outros) nos países do Leste Europeu. Tal defesa é, em primeiro lugar, a negação do caráter imperialista da Rússia, país que, desde o fim do socialismo e do seu retorno ao capitalismo, realiza guerras para oprimir e dominar povos, como demonstram as agressões às Repúblicas da Chechênia e da Geórgia. Em segundo lugar, mostra a covardia do Governo Putin, pois, em vez de dirigir sua ira contra os poderosos países que comandam a OTAN, ataca um povo que tem exército e armas em número muito inferior às Forças Armadas russas.
Há séculos que os imperialistas e seus porta-vozes criaram a fábula da guerra defensiva, visando a esconder suas constantes agressões e violações à soberania das nações. Com efeito, para invadir e atacar o Iraque, os EUA disseram que era para defender o povo iraquiano das armas químicas de Saddam Hussein. Meses depois, o mundo descobriu a verdade: as armas químicas eram uma mentira inventada pela CIA. Para jogar bombas no Afeganistão, os EUA e a OTAN disseram que se tratava de defender seus povos do terrorismo do Talibã e garantir democracia para o povo afegão. Após anos de guerra, os EUA e a OTAN celebraram um acordo para o Talibã assumir o governo do Afeganistão.
Na realidade, esta nova guerra tem por objetivo aumentar os negócios da burguesia russa na Ucrânia. De fato, vários bilionários russos querem tomar posse dos minérios, das terras e do mercado ucraniano, além de manter a compra e venda de jogadores de futebol no país e o tráfico de drogas e de mulheres. A adesão pretendida pelo governo ucraniano à União Europeia impede a continuidade das transações dos capitalistas russos e coloca as riquezas do povo ucraniano nas mãos dos monopólios europeus e norte-americanos. Em outras palavras, o povo ucraniano é vítima da disputa entre as principais potências imperialistas.
Por outro lado, é crescente a insatisfação do povo russo com o governo fascista de Putin. Para manter-se no poder, Putin e os partidos reacionários que o apoiam necessitam implantar um Estado policial, controlar os meios de comunicação e aumentar a repressão ao movimento popular. Iniciar uma nova guerra e decretar estado de emergência é o meio mais rápido para confiscar o dinheiro do povo, justificar a escalada da violência interna e adotar medidas antidemocráticas. Prova do caráter fascista de Putin e de seu governo é a solidariedade que recebe do fascista Bolsonaro e do próprio Trump.
Os comunistas revolucionários condenam a agressão imperialista de Putin contra o povo ucraniano da mesma maneira que repudiaram a invasão do Afeganistão e do Iraque pelos EUA, Reino Unido, Alemanha e a invasão do Mali, na África, pela França.
Porém, não basta repudiar a invasão da Ucrânia. Os EUA mantêm tropas no Iraque, na Síria, invadiu a Líbia, financia o terrorismo de Israel contra o povo palestino e produz mais armas nucleares para impor sua dominação no mundo. Portanto, o que assistimos é uma escalada crescente de agressões e guerras realizadas pelos países imperialistas com o objetivo de controlar mercados e saquear as riquezas dos povos. Ano a ano, os governos da burguesia elevam os gastos com a defesa e diminuem os investimentos em saúde e educação. Esta corrida armamentista atende aos interesses dos bilionários acionistas das grandes empresas privadas de armamentos. Apenas nos últimos 40 anos, as guerras mataram mais de dois milhões de seres humanos e jogaram outros milhões de refugiados em campos de concentração.
Essa situação mostra que a humanidade não tem salvação debaixo do capitalismo. Além da ameaça de uma 3ª Guerra Mundial, do aquecimento global, da pandemia da Covid-19, o desemprego e a fome não param de crescer: duas em cada três pessoas passam fome no mundo e 1,3 bilhão de pessoas vivem com menos de um dólar por dia. Porém, enquanto a imensa maioria da humanidade é jogada na miséria, uma minoria de bilionários passeia em naves espaciais em volta da terra e as dez pessoas mais ricas são donas de mais de 50% da riqueza mundial.
Tudo isso comprova que o único caminho para pôr fim às guerras imperialistas e impedir a 3ª Guerra Mundial é derrubar os governos da burguesia, acabar com o desumano sistema capitalista, construir uma sociedade nova, socialista, e tornar trabalhadores e trabalhadoras donos de suas nações e das riquezas que produzem.
Abaixo a agressão de Putin!
Fim das armas nucleares!
Abaixo o imperialismo capitalista!
Lutemos pela paz e pela revolução socialista!
04 de março de 2022
Comitê Central do Partido Comunista Revolucionário (PCR)