A companheira Julia Rosales, dirigente do Partido Comunista Revolucionário (PCR) da Argentina, recebeu três tiros de um homem quando chegava em sua casa, na tarde do último dia 28 de agosto. Foram cinco disparos, dois acertaram seu peito e um, seu joelho. Ela permanece internada, mas sem perigo de morrer. Mais tarde, o carro de seu companheiro, Mario Segovia, dirigente nacional do PCR, foi destruído ainda não se sabe em que condições.
Julia é uma das principais lideranças da Corrente Classista e Combativa (CCC), organização que integra o Conselho de Economia Popular estabelecido pela lei de Emergência Social. Sua atividade estava concentrada, no último período, na campanha “Nenhum menino a menos para a droga”.
Em comunicado, o Grupo Memória, Verdade e Justiça destacou que “este fato acontece a pouco mais de um mês do desaparecimento forçado de Santiago Maldonado e que este atentado não está à margem do clima de ameaças e agressões a dirigentes sociais e políticos que se repetem na Argentina e que favorecem as ações repressivas do governo de Macri, indispensáveis para aprovar seus planos de ajuste, pobreza e entreguismo”.
Desaparecimento de Santiago Maldonado
O comunicado clama ainda pelo “respeito às terras dos camponeses pobres e originários, pela imediata liberdade dos presos políticos e pela aparição com vida dos desaparecidos”. No dia 1° de agosto, o jovem Santiago Maldonado, de 28 anos, desapareceu após ser perseguido pela Polícia Nacional argentina numa repressão à manifestação da comunidade mapuche no sul do país, na província de Chubut.
Em 1º de setembro, completando um mês de seu desaparecimento, milhares de pessoas protestaram na Praça de Maio, em Buenos Aires, exigindo que Santiago seja localizado com vida pelo Governo.
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