Bombeiros do Rio continuam luta por salário e anistia

No dia 3 de junho, mais de cinco mil bombeiros saíram em passeata pelas ruas do Rio de Janeiro contra o pior salário do Brasil, R$ 900,00, e por melhores condições de trabalho.

Após pararem na Av. Presidente Vargas e esperar pacientemente por uma resposta do Governo do Estado, os bombeiros decidiram ocupar o Quartel Geral da Corporação, no Campo de Santana. Centenas de pessoas, entre familiares e a população, se solidarizaram com a luta.

No sábado pela manhã, o Governador Sérgio Cabral em vez de atender as justas reivindicações, chamou os bombeiros de vândalos e ordenou ao BOPE invadir o quartel e jogar bombas de gás, ferindo bombeiros, mulheres e crianças. Dezenas de pessoas foram levadas às pressas para os hospitais e 431 bombeiros foram algemados. Mas, mesmo presos, os bombeiros conseguiram formar um cordão humano, em forma de SOS e fazendo um apelo ao povo carioca para apoiar sua justa luta.

Apesar da repressão do governo, a categoria não baixou a cabeça e continuou com   a mobilização acampando na frente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e fazendo passeatas para exigir a imediata libertação dos bombeiros presos.

A cada dia cresce o apoio à luta dos bombeiros e o repúdio a covarde e violenta repressão do governador Sergio Cabral. Sindicatos, artistas, estudantes e diversas organizações têm manifestado solidariedade e exigido a libertação imediata dos bombeiros presos.

Na última quarta-feira, dia 9, a Polícia Militar também aderiu ao movimento e passou a reivindicar o piso salarial de R$ 2.900,00.

A luta dos bombeiros não é uma luta isolada. Em todo o país, cresce, as lutas dos trabalhadores. Em abril, 170 mil operários entraram em greve. Em maio, professores de 11 estados entraram em greve pelo piso nacional. No inicio deste mês, os ferroviários de São Paulo, motoristas e cobradores de ônibus do ABC e os trabalhadores do Centro Paula Souza também realizaram greve por melhores salários.

Todas essas lutas mostram que é hora de lutar e que os trabalhadores não aceitam a política dos capitalistas e de seus governos de jogar nas costas do povo o ônus da crise econômica, criada por um sistema econômico que só tem a oferecer desemprego, fome, exploração.

O Partido Comunista Revolucionário (PCR), a União da Juventude Rebelião (UJR) e o Movimento Luta de Classes (MLC) convoca todos os trabalhadores a apoiarem a justa luta dos bombeiros do Rio de Janeiro e dos professores brasileiros e a lutarem por uma sociedade justa e sem a exploração do homem pelo homem.

9 de junho de 2011

Partido Comunista Revolucionário (PCR)
União da Juventude Rebelião (UJR)
Movimento Luta de Classes (MLC)

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