O capitalismo, o sistema econômico que hoje domina a economia mundial, mostra, mais uma vez, a sua face cruel ao jogar sobre os ombros dos trabalhadores o ônus da atual crise econômica. Em toda a Europa, já são 26 milhões de trabalhadores desempregados e nos Estados Unidos, cerca de 15 milhões.
Mas, enquanto os trabalhadores são jogados no olho da rua, veem suas famílias sendo despejadas de suas casas e vivem em meio a dificuldades, os governos dos ricos usam rios de dinheiro público para salvar bancos e monopólios, exatamente os que são responsáveis pela crise econômica.
Sem outra opção, os desempregados vão às ruas protestar, mas em vez de serem ouvidos, são reprimidos por policiais que jogam bombas e agridem homens e mulheres trabalhadoras.
Em nosso país, também vemos muitas injustiças contra os trabalhadores. O salário mínimo é de apenas R$ 678, valor que não contempla sequer o que estabelece a Constituição. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para cobrir as necessidades básicas dos brasileiros, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.874.
Além do mais, muitos direitos dos trabalhadores são desrespeitados. Somente 49% dos trabalhadores têm carteira assinada e a maioria trabalha mais de oito horas por dia. Muitas empresas não pagam hora extra, férias nem os direitos rescisórios quando demitem o trabalhador. Ao adoecerem, muitos trabalhadores são demitidos e várias empresas se negam a pagar indenização ao empregado que tem a saúde abalada devido ao exercício da profissão. Quando ingressa na Justiça, o trabalhador enfrenta a corrupção do Poder Judiciário e as manipulações dos advogados dos patrões, o que o leva a esperar anos por uma sentença definitiva e outro tanto por sua execução.
No campo, milhões de camponeses esperam um reforma agrária que nunca chega, pois sucessivos governos priorizam a agricultura empresarial, o agronegócio, a produção de alimentos para a exportação, em detrimento dos pequenos proprietários e dos trabalhadores rurais. O resultado é que quase cinco milhões de famílias vivem sem terra; milhares ficam sem emprego com o avanço da mecanização e os preços dos alimentos não param de subir, diminuindo a cada dia o poder de compra do nosso salário.
Toda essa situação não é vontade de nenhum Deus, mas consequência de um sistema econômico, o capitalismo, que existe para beneficiar uma rica minoria e aumentar os lucros dos patrões.
Portanto, mais do que nunca, os trabalhadores devem se unir e lutar por seus direitos e contra esse regime, que concentra a riqueza nas mãos de uma minoria e joga os trabalhadores e o povo na miséria.
Governo quer entregar nosso petróleo
Não bastasse, o governo trai suas promessas de que não iria privatizar mais nenhum setor público, entregando portos e aeroportos, e realizará em 14 e 15 de maio a maior privatização do nosso petróleo na história do Brasil. A previsão é de que o valor dos poços leiloados chegue a 3 trilhões de dólares, duas vezes mais que tudo que foi produzido pela Petrobras desde a sua fundação.
Todo esse dinheiro, em vez de ser usado para construir milhares de escolas, hospitais, postos de saúde e casas populares, será transferido para as grandes empresas privadas nacionais e multinacionais.
Os trabalhadores não podem se calar diante de mais esse crime contra a soberania nacional. Não é justo que enquanto o povo brasileiro sofre nas filas dos hospitais, faltem verbas para a educação e para a habitação, e os nossos jovens não possam ingressar nas universidades públicas por falta de vagas, mais uma vez nossas riquezas sejam entregues a grandes capitalistas nacionais e estrangeiros.
O Partido Comunista Revolucionário (PCR) e o Movimento Luta de Classes (MLC) convoca todos os trabalhadores neste 1º de Maio a se manifestarem contra a entrega da nossa soberania e das nossas riquezas e a defenderem seus salários contra a alta dos preços e da inflação, exigindo que o governo suspenda os leilões dos poços petrolíferos. Convoca também a todos para lutarem pelo Socialismo, sistema no qual tudo o que a sociedade produz é dividido entre todos e não haverá mais a exploração de um ser humano por outro.
Basta de exploração do trabalhador!
Vamos à luta garantir nossos direitos!
1º de maio de 2013
Partido Comunista Revolucionário (PCR)
Baixe aqui o comunicado conjunto do PCR e do MLC sobre o 1º de maio
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