Viva o 1º de Maio! Viva a luta dos trabalhadores!
Em 1886, na cidade de Chicago, EUA, os operários cansados da superexploração que sofriam e dos baixos salários, se amotinaram nas ruas daquela cidade, travando uma batalha campal com a polícia, na luta pela redução da jornada de trabalho. A repressão contra as manifestações dos trabalhadores nos EUA foi feroz. A Justiça, a serviço dos patrões, condenou quatro líderes da grande rebelião à morte e outros quatro à prisão.
O exemplo de luta dos operários norte-americanos se espalhou por todo o mundo e desde então os trabalhadores unem-se no dia 1º de maio para defender os seus direitos, celebrar a luta contra a exploração capitalista e afirmar seu objetivo de construir uma nova sociedade sem opressão e sem exploração, a sociedade socialista.
Hoje, após quatro anos da maior crise do sistema capitalista desde a 2ª Guerra Mundial, os donos dos bancos e dos monopólios industriais e comerciais, os patrões, voltam a defender o aumento da jornada de trabalho e o fim de vários direitos dos trabalhadores conquistados após décadas de luta, unicamente para manter seus lucros crescendo.
Portanto, o objetivo dos capitalistas e de seus governos é proteger os seus interesses jogando sobre os ombros do povo as consequências da atual crise econômica. Esta é razão para várias medidas como redução dos salários, diminuição do valor das aposentadorias, cortes das verbas para a saúde e educação, adoção da terceirização e, também, as guerras imperialistas.
A consequência dessa política é a piora das condições de vida dos trabalhadores, enquanto os ricos seguem vivendo no luxo e no esbanja-mento. De fato, enquanto os lucros dos capitalistas batem recordes, o salário mínimo no Brasil deveria ser, segundo o Dieese, R$ 2.295,58, ou seja, 3,69 vezes o atual (R$ 622,00). Além disso, temos uma das maiores jornadas de trabalho do mundo e as mulheres são ainda mais exploradas: recebem salários 25% menores que os dos homens e não têm creches nos locais de trabalho.
Em resposta a essa política das classes dominantes, os trabalhadores têm realizado greves e manifestações para impedir que os governos de seus países apliquem medidas econômicas que tornarão a vida insuportável, como a demissão em massa de servidores públicos, aumento dos preços dos aluguéis e alimentos, privatização da saúde, educação e previdência.
No Brasil não é diferente. Enquanto recebemos um salário de fome e vivemos endividados, um minúsculo grupo de pessoas, os capitalistas, donos das principais indústrias, terras, lojas e bancos, não para de enriquecer. Só os donos do Bradesco tiveram um lucro de R$ 10,22 bilhões no ano passado e os da Vale do Rio Doce, um lucro de R$ 30,1 bilhões. Não bastasse, ainda recebem diversos benefícios, como o recente pacote de apoio aos empresários da indústria de R$ 60,4 bilhões. Por outro lado, o governo corta R$ 2 bilhões no orçamento da Educação e R$ 5 bilhões na Saúde.
Essa injustiça precisa acabar.
Por isso, nesse 1º de Maio, o Partido Comunista Revolucionário (PCR) convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras a se unirem contra a exploração capitalista, os baixos salários e a carestia, e lutarem por um Brasil socialista e um mundo de paz e de igualdade de verdade.
Viva o 1º de Maio!
Viva a revolução! Viva o socialismo!
Partido Comunista Revolucionário (PCR)
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